história
num degrau acima do chão onde estava ocupada uma multidão de cadeiras, ficava o altar. de lá, atrás da mesa e em frente do quadro negro, o professor fixava os olhos num e noutro. atrás dele e dela, xy e xx, ambos em pé, assistiam as testemunhas, sentadas, de mãos nervosas e desarrumadas no colo.
muito novecentista, o professor pigarreou e, com sotaque eclesiástico, perguntou a um e depois a outro «prometes escrever-lhe, de acordo com as mais e menos intuitivas regras gramaticais, com os recursos de estilo mais e menos compreensíveis, com as palavras mais e menos difíceis, sem qualquer traição ortográfica, até que o silêncio vos separe?».
um «sim» e depois outro. declarou-os correspondentes.
e escreveram felizes para sempre.
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